
Olá, leitores!
Escrever, escrever, escrever...
Escritores (amadores ou nao) podem ser como musicos, ao menos em um aspecto: influências!
Afirmo isso devido a algumas entrevistas ja assistidas, cujo entrevistador costuma perguntar aos musicos quais sao suas influencias, o que os levou a estilo musical, etc. Como Madeleine Peyroux, visivelmente influenciada por Billie Holiday!
Enfim...
Tudo bem que eu ja tive meu periodo shakesperiano, espelhado principalmente na pre-adolescencia, no periodo realmente dramatico, com os poemas infindaveis sobre amores platonicos e tambem correspondidos, mas todos como Sonhos de uma noite de verao...
Entretanto, certo dia, apresentaram-me a Tia Clarice. Eh... sinto-me intima dela, por isso a chamo de tia. Clarice Lispector. GRANDE Clarice. Tia Clarice me inspira a escrever o que tenho vontade, despreocupada com questoes de nexo, ou de continuidade, ou de etica... Tia Clarice, para mim, eh a pura liberdade em linhas! São asas da criatividade em meio ao ceu. Seja nublado, limpo, claro ou escuro. Pode vir a ser em qualquer situação, afinal, eh livre!
Clarice diz "Engulo a loucura, porque ela me alucina calmamente.", e também "O futuro mais brilhante eh baseado em um passado intensamente vivido." entre tantas outras frases, poemas, crônicas maravilhosas.
Particularmente (como se tudo o que escrevi antes nao fosse exatamente particular) adorei ler É para lá que eu vou.
Para além da orelha existe um som, à extremidade do olhar um aspecto, às pontas dos dedos um objeto - é para lá que eu vou.
Na ponta da palavra está a palavra. Quero usar a palavra "tertúlia" e nao sei aonde e quando. à beira da tertúlia está a família. À beira da família estou eu. À beira de eu estou mim. É para mim que vou. E de mim saio para ver. Ver o quê? ver o que existe. (...) E a alma livre procura um canto para se acomodar. Mim é um eu que anuncio. Não sei sobre o que estou falando. Estou falando do nada. Eu sou nada.
E, para ter mais liberdade ainda, Tia Clarice teve seus pseudônimos, coisa que tambem admiro. Afinal de contas, para que serve o pseudônimo, senão para a liberdade de escrever sem se preocupar em alguem te admirar, ou ao contrario, alguem te criticar? Ou melhor ainda, alguem te DESCOBRIR? Assim fica puro e simples: escrevo e ponto. Pensamentos sadicos ou não, depressivos, bipolares ou alucinados... seja la qual classificação se queira dar.
Desejo a conclusão. A postagem era pra enfatizar como a Tia Clarice foi esperta e especial. Alias, gosto de referir-me a ela como se nao tivesse morrido (como a Tia Clarice é esperta e especial), pois pessoas como ela imortalizam a si mesmas.
Kisses.

como historiadores, não gostamos de intrigar por palavras, mas sim por fatos.
ResponderExcluirpenso nisso às vezes, penso que as pessoas me criticam por eu não fazê-las pensar em todas as poesias que escrevo.
Mas fazer o que se sou assim? ^^
Be Free, Conrado! =D
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